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As concentrações particularmente elevadas de ácido fórmico nos núcleos da base leva a hemorragias e necroses bilaterais, nomeadamente no putamen, e alterações na citocromo oxidase mitocondrial. Isto causa desmielinização, hipotensão e deficiente circulação arterial e venosa, podendo culminar depois em polineuropatia com axonopatia e radiculopatia [1]. Frequentemente também são relatadas lesões na substância branca, necrose occipital bilateral, necrose da substância cinzenta subcortical, lesões no neocerebelo, hemorragia intracerebral bilateral, necrose tegumental bilateral e edema cerebral difuso, embora não se compreenda ainda os mecanismos que levam ao aparecimento destes fenómenos. [2]

Alguns estudos de ensaios in vitro em astrócitos ou in vivo em ratinhos têm sugerido um papel relevante do formaldeído no desenvolvimento de Alzheimer e disfunções de memória. Sugere-se uma diminuição dos níveis de metilação do DNA aquando do aumento das concentrações de formaldeído no cérebro, fenómeno observado com o aumento da idade dos modelos animais. Quando este composto é injetado no seu hipocampo observa-se uma perda de memória e capacidade de aprendizagem espacial. Para além disso, o facto do formaldeído apresentar um grupo carbonilo altamente polarizado, leva-o a ter tendência para reagir com as aminas dos aminoácidos lisina e arginina, formando bases de Shiff que dão origem a ligações irreversíveis entre complexos protéicos, favorecendo a agregação de placas β-amilóides. [3]